Antônio Francisco Otaviano Barreto, catador de material reciclável e morador do lixão de Crateús
Hoje, 14, a Cáritas Diocesana de Crateús, por meio da campanha “Preparemos uma tenda para o menino Jesus”, promovida em parceria com a Paróquia do Senhor de Bonfim e Paróquia Imaculada Conceição, entregou lonas para as catadoras e os catadores que residem no lixão da cidade de Crateús. As lonas, de alta resistência, vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da classe, já que proporcionam maior proteção contra a chuva e o sol. A campanha foi realizada em ocasião da V Jornada Mundial dos Pobres, e beneficiou de doações da sociedade civil de Crateús.
“Neste Natal deixamos nascer a luz da esperança e da solidariedade dentro do lixão de Crateús. Que o menino Jesus nasça no coração de cada catador e catadora!”, afirmou Dulce Fabian, agente Cáritas e coordenadora do projeto Tecendo Redes, política pública que acompanha a categoria dos catadores de materiais recicláveis. Para Antônio Francisco Otaviano Barreto, que trabalha no lixão de Crateús há muitos anos, a esperança é que as novas lonas ajudem bastante. “Agora o inverno pode chegar! Essa cobertura, vai me cuidar da chuva e do vento, acabaram as noites debaixo das intempéries ”, declarou.
Texto e Fotos de Angelica Tomassini, comunicadora popular da Cáritas Diocesana de Crateús
Clica AQUÍ e confira a Cartilha da V Jornada Mundial dos Pobres
“Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10).
Convidamos todas e todos a participar da a V Jornada Mundial dos Pobres, iniciada domingo, 07, e que vai até o dia 14, culminando no Dia Mundial dos Pobres. Por iniciativa do Papa Francisco, o convite é estimular as pessoas, independentemente da sua pertença religiosa, para que reajam diante das desigualdades sociais, assumindo a cultura do encontro e da partilha em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
Nesta semana dedicada à solidariedade, a Cáritas Diocesana de Crateús, em parceria com a Paroquia do Senhor do Bomfim, estão mobilizando-se para realizar a campanha “Vamos preparar uma tenda para o Menino Jesus!”, com o objetivo de fortalecer à solidariedade aos catadores e as catadoras de matérias recicláveis que atuam no lixão de Crateús.
Os realizadores da campanha estão recebendo doações de equipamento de proteção individual como botas, luvas, máscaras, meias e lonas, e também de arrecadação de recursos econômicos que serão destinados à construção de barracas dentro do lixão de Crateús, para as 70 famílias que residem e trabalham no local.
Interessados e interessadas em colaborar podem entregar os itens diretamente na sede da Secretaria da Paróquia Senhor do Bonfim.
Para ajuda financeira: PIX: 88988819014 Caritas Diocesana de Crateús Banco do Brasil Agência 237-2 / CC – 37.219-6 CNPJ: 07.354.285/0001-63
Segue os valores dos itens que precisamos arrecadar:
Na sexta-feira passada, 15, foi entregue uma caixa d’água para os catadores e as catadoras de materiais recicláveis que trabalham e/ou residem no lixão de Crateús. A ação foi possível graças a recursos conquistados a partir de uma campanha de solidariedade promovida pela Cáritas Diocesana de Crateús, em parceria com a Paróquia Senhor do Bonfim, com fundamental colaboração de movimentos sociais da cidade.
A implementação do reservatório amenizou a falta de água potável dentro do lixão, um dos tantos desafios que cada dia ameaçam a vida da categoria dos catadores e catadoras. “Estou muito feliz, agora temos água para beber e cozinhar”, comemorou Francidalva Ribeiro de Souza, que ao longo da sua vida, sustentou oito filhos trabalhando no local.
Segundo ela, as condições de trabalho das pessoas que separam material reciclável são péssimas: “Aqui, não temos coisa nenhuma que nos protege. Nós vivemos nos cortando, porque não temos luvas nem botas. Calçamos com sapatos velhos que a gente acha no lixo, vestimos roupa velha”, conclui Francivalda.
POLÍTICA NACIONAL DE RESIDUOS SÓLIDOS
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado, o Ceará tem hoje aproximadamente 300 lixões. Pelo que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, lei nº 12.305/10), todos eles deveriam ter sido substituídos por aterros sanitários desde agosto de 2014, mas até há apenas oito aterros.
”Em todo o estado do Ceará tem lixões completamente irregulares, sem o menor respeito ao meio ambiente e com pessoas trabalhando neles sem o devido amparo”, comenta Ir. Erbenia de Sousa, coordenadora da Cáritas Diocesana de Crateús. Ela faz um apelo às instituições políticas locais: “A prefeitura, além de cumprir a Lei dos Resíduos Sólidos, deveria investir na coleta seletiva e dar a devida atenção às catadoras e aos catadores de material reciclável, pois a categoria desenvolve um trabalho fundamental ao meio ambiente e ainda não é valorizada devidamente”.
A Cáritas Diocesana de Crateús (CDC) realizou uma mega ação de solidariedade no último fim de semana. Aproveitando a celebração do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, através de uma rede de proteção à vida formada por paróquias, voluntárias/os, sindicatos, associações, prefeituras e a fundamental parceria com a Fundação Banco do Brasil, através da qual foi possível distribuir 1.250 cestas básicas para nove municípios, sendo eles Crateús, Nova Russas, Tamboril, Independência, Ipaporanga, Parambu, Quiterianópolis, Tauá e Novo Oriente. O trabalho desenvolvido há 15 anos em comunidades do campo e da cidade na Diocese de Crateús e para além deste território, porém, foi fundamental para: Identificar as pessoas que se encontram em condição de vulnerabilidade social; distribuir rápida e eficientemente as doações (mesmo com equipe de agentes reduzida); continuar acompanhando essas pessoas beneficiadas; e diagnosticar situações que precisam de urgente intervenção;
“Foi fundamental para a realização dessa atividade a entrega incondicional de pessoas das secretarias de educação, de sindicatos, de associações e de voluntárias e voluntários nossos, num sinal de que nossas ações de fortalecimento de redes de solidariedade estão no caminho certo”, avalia irmã Francisca Erbenia Sousa, coordenadora da Cáritas Diocesana de Crateús. Segundo ela, o apoio do BB Seguros, do Banco BV e do Banco do Brasil, por meio da Fundação Banco do Brasil, é fundamental, e se encaixa perfeitamente com a política de defesa da vida defendida pela Igreja do Brasil e pela Rede Cáritas Brasileira. “Na situação que nos encontramos, essas cestas distribuídas pela Cáritas e pela Fundação Banco do Brasil vão ajudar muito as famílias, no alimento e pão de cada dia.”, agradece Valda Saraiva, do município de Crateús.
Da esquerda para a direita, Marcones Moura, Marciel Melo, Moizeis Santos, José Loiola, Romério Cavalcante e Lucieudo Gonçalves, na Cruzeta, a caminho de Tauá e Parambu para distribuição de cestas básicas, no 1º de Maio.
No Dia das Trabalhadoras e dos Trabalhadores e durante todo este fim de semana, as e os agentes da Cáritas Diocesana de Crateús (CDC)estiveram nas ruas distribuindo alimentação e material de higiene para famílias que se encontram em condição de vulnerabilidade durante a pandemia de Covid-19. Este gesto de solidariedade só foi possível graças ao apoio do BB Seguros, do Banco BV e do Banco do Brasil, por meio da Fundação Banco do Brasil. Graças a este apoio, foram distribuídas 1.250 cestas básicas, para famílias dos municípios de Crateús (350), Tamboril (150), Nova Russas (100), Ipaporanga (50), Independência (50), Novo Oriente (150), Quiterianópolis (200), Tauá (150), e Parambu (50).
Da esquerda para a direita, as agricultoras Aldilene Oliveira, Antonia Cleonice e Josefa Pereira, recebendo cestas do agente Cáritas Romério Cavalcante, no bairro Colibris, município de Tauá.
A situação de vulnerabilidade social de milhares de famílias da região se agravou nas últimas semanas, não apenas por consequência do necessário isolamento social para conter a pandemia de Covid-19, mas também devido a enchentes que atingiram centenas de famílias em Quiterianópolis, Crateús, Tauá e Novo Oriente. “Agradecemos o apoio da Fundação Banco do Brasil e a todas as pessoas que estão fazendo gestos de solidariedade através da partilha de recursos financeiros, alimentos e material de limpeza, para que sigamos fazendo um grande mutirão para proteger a vida das pessoas mais vulneráveis”, pontua Adriano Leitão, agente Cáritas.
Da esquerda para a direita, os pescadores artesanais Francisco de Souza, Eronilson Gomes e José Edilson, de Nova Russas
FORÇA TAREFA
Neste período em que celebramos o Dia das Trabalhadoras e Trabalhadores, em que pescadora/es, agricultoras/es, pedreiras/os, uma ótima forma de honrar essa data foram os gestos concretos de fraternidade entre voluntárias/os e pessoas em condições de vulnerabilidade. Para uma entrega deste tamanho ser realizada em tão pouco tempo, foi necessário o despojamento das e dos agentes Cáritas que se dispuseram com amor e empenho a colaborar para esta ação, mesmo durante o feriado e o fim de semana, junto de agentes de pastoral das paróquias dos respectivos municípios beneficiados, além da valorosa contribuição de colônias de pescadoras/es, associações e voluntárias/os da CDC.
Da esquerda para a direita, as donas de casa Ana Lima, Andressa Melo, Antonia Martins, o agricultor Francisco Batista, as donas de casa Maria da Costa, Regina Mota e Ana Cruz, no bairro dos Venâncios, em Crateús.
Vale lembrar que, por conta dos riscos de contaminação durante a pandemia, a Cáritas Diocesana de Crateús e a Fundação Banco do Brasil se preocuparam em não formar filas, aglomerações entre as pessoas beneficiárias, bem como foi garantido Equipamento de Proteção Individual para todas as pessoas que atuaram na distribuição, entre fornecedores, agentes e colaboradoras/es voluntárias/os.
Da esquerda para a direita, o agente Cáritas Romerio Cavalcante, a pescadora Flaviana Cavalcante, e as agricultoras Maria do Carmo e Madalena Cavalcante, da comunidade São Cipriano, município de Parambu
Da esquerda para a direita, a pescadora Maria de Fátima Xavier, os pescadores José Messias, Francisco Oliveira, Antonio Vanderlei, a pescadora Vera Lúscia, o pescador José Roberto e a pescadora Maria do Carmo Carneiro, no Carnaubal, município de Crateús
Da esquerda para a direita, o agente Cáritas Maycon Silva e as pescadoras Jordânia Silva, Jacqueline Ferreira e Telma Feijó, na Colônia de Pescadores de Tauá.