Secretaria de educação de Poranga desenvolve projeto para combater a violência contra a mulher

O crescente numero de femenicídios no nosso território motivou Ana Amélia Rodrigues Soares da Silva, professora e técnica de ciências humanas da Secretaria de Educação de Poranga, a desenvolver o projeto “Maria Maria – Uma luta diária”, com objetivo de abordar as violações contra a mulher.

A iniciativa iniciou em março como homenagem ao mês das mulheres, e o encerramento tinha que acontecer naquele mesmo mês. Porém, Amélia teve um olhar mais profundo, e se baseando no que tinha aprendido nas formações do Projeto Contexto, decidiu escrever um projeto para ser apresentado às comunidades escolares do município.

O trabalho foi focado em disseminar informações junto aos estudantes de todas as escolas de Poranga, o que incluíam os Anos Finais, sobre temas como igualdade de gênero, respeito e direitos das mulheres, etc. Ao longo da pandemia, as atividades têm acontecido de forma virtual, e os alunos e alunas que não têm acesso à tecnologia puderam participar com o auxílio de material paradidático impresso.

“O projeto ‘Maria, Maria Uma luta diária’ começou de forma diferenciada. A sensibilização feita por Ana Amélia diretamente com os professores da área, a abertura para sugestões e todas as propostas e a importância da temática nos entusiasmou e nos fez sentir parceiros da ação”, relata a professora Maria José da escola EMEB Itelvina Silvina de Pinho.

A ideia do projeto, revelou a coordenadora Ana Amélia, surgiu depois de dois feminicídios que aconteceram, neste ano, no município de Poranga, eventos que abalaram tremendamente toda a comunidade. “Tive medo só em imaginar que a próxima vítima poderia ser uma pessoa querida. O nosso trabalho é para que as mulheres saibam se impor, conheçam as leis que as protegem e que não tenham receio de ser quem são ou querem ser”.

A professora Maria José falou sobre o seu envolvimento profissional e emocional com o trabalho: “A possibilidade do tema para conectar os debates com os espaços vividos pelos alunos permitiu fazer um trabalho que fosse além das questões cognitivas. Conseguimos adentrar no social, no socioemocional e no familiar, pois as aulas foram palco de muitos relatos que me permitiram ajudar os adolescentes, bem como as famílias que não percebiam os fatos ocorridos com as meninas e os meninos”.

O projeto foi uma realização da Secretaria de Educação do município de Poranga e foi desenvolvido durante o primeiro semestre deste ano. No segundo semestre as comunidades escolares irão discutir nas salas de aulas o tema da consciência negra, resgatando a iniciativa para sensibilizar os alunos e as alunas sobre o papel da mulher negra na sociedade brasileira.

Por Angelica Tomassini, comunicadora popular da Cáritas Diocesana de Crareús

ESTUDANTES DE 02 ESCOLAS DE MILHÃ PARTICIPAM DE PESQUISA SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Estudantes da EEIEF Idelzuite Monteiro Oliveira, da comunidade de Açude Novo, em Milhã. (Foto tirada antes da pandemia da COVID-19)

Os educandos e as educandas da EEIEF Idelzuite Monteiro Oliveira, da comunidade de Açude Novo, em Milhã, participaram de uma pesquisa que visa investigar o relacionamento das crianças com o hábito da alimentação saudável. A pesquisa contou com a participação de 130 estudantes, sendo a maioria filhas e filhos de agricultores e agricultoras.

De acordo com a investigação, 54,4% dos participantes da pesquisa deram nota 10 para a qualidade da comida proporcionada em casa, justificando que consomem frutas, verduras e legumes produzidos diretamente nos quintais produtivos da família, reforçando a tese de que um ambiente que oferece bons hábitos alimentares é capaz de influenciar o desenvolvimento de um comportamento alimentar saudável.

A pesquisa revelou que 99,2% dos pesquisados consideram a agricultura familiar importante na vida deles e delas. Para João Romédio Pinheiro Júnior, coordenador da escola, “é uma satisfação ver esse número, pois significa que as crianças e os adolescentes têm consciência do que significa comida saudável e de onde ela provém”.

A escola Idelzuite Monteiro Oliveira é beneficiária do Projeto Contexto: Educação, Gênero, Emancipação, executado pela Plataforma Educação Marco Zero e co-financiado pela União Europeia. Na referida plataforma, a Cáritas Diocesana de Crateús é responsável por fazer formação e acompanhamento pedagógico das escolas beneficiárias e alguns temas trabalhados, ao longo do projeto, trouxeram reflexão sobre educação alimentar e nutricional.

Por Angelica Tomassini, comunicadora da Cáritas Diocesana de Crateús

Delegação da União Europeia visita projeto de educação contextualizada em Novo Oriente e Fortaleza

Projeto Contexto receberá a Gestora Operacional da Seção de Cooperação da Delegação da U.E, Sra. Maria Cristina Araújo von Holstein-Rathlou

No período de 21 a 23 de Agosto, o Projeto Contexto passará por uma visita de monitoramento da União Europeia, seu cofinanciador. Serão três dias de programação, realizando sessões com beneficiários/as, gestores/as da proposta e organizações parceiras. A chegada da representante da Delegação significa uma oportunidade de perceber os avanços do projeto, seus desafios e observar os primeiros resultados e as boas práticas em curso.

Além do campo da educação, o Projeto Contexto atua ao mesmo tempo na pauta de enfrentamento da violência contra a mulher e, coincidentemente, a visita acontece no mesmo mês de aniversário da Lei Maria da Penha que completa 13 anos de implementação. “Durante a visita, estaremos com 4 turmas de docentes e a gestora da U.E verá como se opera a discussão sobre gênero, desigualdade entre as pessoas, violência sexista, atentando para a realidade tão adversa do semiárido, onde as relações estão sendo repensadas e isso é algo muito importante para a plataforma e para o próprio projeto”, ressalta Antonia Mendes, assessora técnica do Projeto Contexto pelo Instituto Maria da Penha [IMP].

A agenda da gestora, no Ceará, inclui no dia 21 a visitação à Escola Dr. Antonio Eufrasino Neto, no bairro Alto Alegre, em Novo Oriente; participação na abertura do encontro de formação “Sociedade do bem viver: “Desigualdade entre as pessoas e enfrentamento à violência contra a mulher”; reunião com poder público local – o Prefeito Vanaldo Carlos Moura; a Secretária de Educação, Simone Moura e com o grupo de onze vereadores/as da Câmara – além da roda de conversa com representantes dos Grupos de Trabalhos Municipais (GTM’s). Já em Fortaleza, no dia 22, ela participará de uma sessão com a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres (SEPM-SPS), Ministério Público (MP/CE) e ViceGovernadoria do Estado do Ceará.

Projeto Contexto – Educação :: Gênero :: Emancipação

Executado por uma plataforma de sete organizações cearenses (Instituto Maria da Penha, Esplar, ACACE, Cáritas Diocesana de Crateús, EFA Dom Fragoso, Pastoral do Menor NE1 e We World Brasil), encontra-se em desenvolvimento em 22 municípios do Estado do Ceará e conta com o cofinanciamento da União Europeia.

Trata-se de uma ação que visa contribuir para o melhoramento e a qualificação do sistema educacional dos municípios como política pública, favorecendo um modelo de educação emancipatória, incluindo nos projetos políticos pedagógicos das escolas a abordagem das práticas restaurativas & mediação escolar, as relações de desigualdades de gênero, bem como, a educação contextualizada para convivência com o semiárido.

Esta ação teve início em maio de 2017 e se estenderá até 2021. Atualmente envolve 134 escolas, mais de 1500 professores/as, 30 grupos de mulheres e cerca de 20 mil estudantes, Conselhos Municipais de Direitos (da mulher, da educação, da assistência social e da criança e adolescente) e diversas organizações da sociedade civil articuladas em Grupos de Trabalhos Municipais (GTM’s).

Por : Aby Rodrigues, Assessoria de comunicação do Projeto Contexto

Intercâmbio de Tamboril: Políticas e Ações Voltadas Para a Proteção da Criança

É com grande entusiasmo e admiração pelo trabalho que vem sendo realizado na Escola Municipal Julieta Alves Timbó, no município de Tamboril/CE, que socializo com todas e todos o relato da visita que realizamos a esta tão bela experiência de educação contextualizada voltada para a proteção e desenvolvimento das crianças, no dia 07 de junho de 2019.

O intercâmbio a esta experiência exitosa ocorreu dentro da programação da XV Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária de Crateús e Inhamuns, que foi realizada nos dia 06 e 07 de junho, na Praça Gentil Cardoso (Praça dos Pirulitos) em Crateús/CE.

Como a feira é realizada na cidade de Crateús, alguns dos intercâmbios são realizados a cidades do entorno, a exemplo do que visitamos, após percorrermos alguns quilômetros de rodovia, fomos recebidos na Escola Municipal Julieta Alves com um belo banquete, para reavivar as energias.

A fim de nos demonstrar, o que vinha sendo realizado nos últimos meses na escola, o intercâmbio ocorreu em meio a um evento que foi organizado, no intuito de mostrar para comunidade o que as crianças vinham fazendo dentro das atividades do projeto de Educação Contextualizada, que a cada semestre trabalha uma temática diferente, a que presenciamos tinha como escopo, a promoção da Cultura de Paz.

Assim, iniciamos o intercâmbio contemplando os trabalhos que as crianças tinham produzido de acordo a temática acima. Os resultados foram apresentados em dois momentos, o primeiro de forma dinâmica, onde as crianças usaram da criatividade e produziram uma edição de jornal televisivo, regado a muitas encenações, brincadeiras, leituras, abraços e, sobretudo dedicação. Já o segundo, foi por meio de uma exposição nas salas de aulas, onde constavam os materiais desenvolvidos pelas crianças, como desenhos, pinturas, brinquedos, jogos interativos, dentre outros.

Sobre o projeto que proporciona estas atividades, o mesmo tem como premissa intervir nos espaços pedagógicos da escola, por meio da capacitação dos e das professoras e funcionários, para atuarem junto às crianças no cotidiano escolar em diversas temáticas que contribua incisivamente no desenvolvimento delas, como também na formação e proteção.

Finalizada as apresentações e a exposição, seguimos para outro momento crucial do intercâmbio, a Roda de Conversa com o corpo docente da escola, núcleo gestor e representantes das organizações que proporcionam e acompanham esta tão bela experiência de educação contextualizada.

A discussão neste espaço se deu a partir de uma explanação geral sobre o projeto e as organizações parceiras, e de como se dá o processo de manutenção, formação e culminância dos resultados. O primeiro aspecto destacado foi sobre o projeto de lei, que instituiu que nas escolas da Rede Municipal de Tamboril a Educação Contextualizada, no ano de “2007 surgiu à ideia com a Cáritas Diocesana de Crateús e iniciamos a experiência em escolas no campo. Em 2014 em uma audiência pública na Câmara de Vereadores, foi criado um projeto de lei, que foi sancionada pelo prefeito de Tamboril, assim dando outra dimensão ao que já vinha sendo feito, agora as escolas da zona urbana podia desfrutar de tal modelo de educação”.

A instituição responsável por fazer a manutenção dos projetos é a SAD – Solidariedade à Distância, uma organização europeia que capta recursos na Europa e os investe na América Latina, dentre outros países carentes. No caso da Escola Julieta Alves, o acompanhamento é realizado pela Cáritas Diocesana de Crateús, Pastoral do Menor, Esplar e We Word.

Indagadas sobre quem definia as temáticas a serem trabalhadas em sala? Lidiane, da Pastoral do Menor, respondeu que a equipe responsável pelo projeto pensam as temáticas e posteriormente, as apresentam as educadoras, por meio das formações que são realizadas a cada inicio de semestre. Questionadas sobre o maior desafio, se era trabalhar com as crianças ou lidar com os pais e a comunidade? Elas responderam, “com os pais, pois poucos interagem com a dinâmica de ensino da escola, mesmo tendo todo um esforço das educadoras e educadores de irem às casas destas famílias, explicar e falar sobre os objetivos do projeto, ainda assim poucos participam”.

Foi possível perceber isso nas apresentações que presenciamos, apesar de ter várias crianças, as pessoas que estavam acompanhando eram poucas, se limitando majoritariamente as mães.

É importante perceber que o projeto segue um roteiro, que começa na definição das temáticas, passando pela formação dos e das educadoras que irão fomentar os estudos em sala de aula, apresentação aos pais dos trabalhos que serão realizados junto as crianças de acordo com o tema escolhido e, por fim, a culminância que é o espaço onde as crianças apresentam tudo o que conseguiram fazer.

Ou seja, nosso intercâmbio teve a oportunidade de presenciar a culminância e o fechamento dos estudos e trabalhados voltados para a promoção de uma Cultura de Paz. Enfim, foi maravilhoso o espaço, sobretudo, no que diz respeito ao protagonismo demonstrado pelas crianças.

 

Atenciosamente,

Ytalo Lima, Rede de Juventudes do Ceará

Fotos: Monaiane Sá

Ipaporanga recebe o V intercâmbio dentro da 15ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária

A comunidade do Mulungu, em Ipaporanga, acolheu um dos intercâmbios realizados dentro da programação da 15ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária. Estiveram presentes 22 municípios do Brasil todo, desde Amazonas, passando por Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe, Bahia, até Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A sensação dos e das participantes foi a de pisar um chão Semiárido de resistência, de fraternidade, de compromisso com a vida, de busca de Bem Viver, numa sintonia na luta vivida em todos os biomas desse Brasil eclético.

“Quero destacar a variedade de estados presentes, isso é importante porque nos ajuda a ver experiências diferentes” afirmou o Secretário de Educação de Ipaporanga Eder Pessoa, durante a excelente acolhida na escola António Lopes Teixeira. Música do Sertão, crianças vestindo a roupas típicas da região, muitas cores e muitas vozes em um só lugar. Após o café e as apresentações iniciais, as e os participantes se dividiram em quatro grupos. Dentro da temática “Convivência com o Semiárido” foram visitadas experiências de quintal produtivo, sistema Mandala e sistema Bioágua; e pelo tema “Defesa da vida, do território, cuidado com a casa comum” e “Reuso de Águas Cinzas” foi apresentado o Movimento em Defesa da Vida (MDV), da luta em defesa do Bem Viver e contra a mineração.

CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

Um dos grupos visitou o quintal produtivo de Francisca Martins Taveira e José Taveira Sobrinho no qual eles cultivam vários tipos de hortaliças agroecológicas, além do milho e do feijão, típicas plantações do Sertão. Depois de uma caminhada no quintal, todo mundo se juntou em uma roda de conversa para conversar sobre as técnicas agroecológicas e as técnicas de convivência com o Semiárido, tomando um caldo de cana preparado na hora.

Outro grupo visitou o quintal de Maria do Socorro Xavier dos Anjos que, apesar das dificuldades, continua com grande dedicação a produzir em harmonia com a natureza com o sistema da mandala. E na mesma linha de sustentabilidade plena, o Instituto Bem Viver (IBV) e o casal José Gualberto de Sousa e Maria Santos Vale apresentaram a outro grupo os benefícios do sistema de reuso das águas cinza “Bioágua”. “A coisa interessante é a transformação que uma tecnologia barata e simples pode possibilitar”, afirmou Mardones Bezerra, Presidente do IBV. Segundo ele, no terreno onde estavam antes tinha apenas pedras e agora tem goiaba, mamão e bananas.

“Fiquei impressionada, vou levar essa experiência de esperança para o quilombo, pra relembrar que somos nós da agricultura familiar que defendemos o meio ambiente porque temos coração, somos um povo corajoso, nós brasileiros”, afirmou Maria da Costa Barbosa, da comunidade quilombola de Abacatal, do Pará.           

RESISTÊNCIA À MINERAÇÃO

Outro grupo foi dialogar com o Movimento em Defesa da Vida (MDV) que desde o 2014 envolve crianças, jovens, adultos e idosos na construção de uma sociedade que visa a proteção socioambiental do território, fazendo frente contra a ameaça de instalação de uma mineradora de ferro na região. Uma realidade feita de resistência, mobilização e envolvimento das escola, das igrejas de diferentes denominações, de movimentos sociais, ONGs e das famílias da região que, apesar das dificuldades, continuam com grande dedicação a produzir em harmonia com a natureza, demonstrando que é possível gerar renda para todas aproveitando os recursos naturais de maneira sustentável, ao contrário da atividade que lutam para impedir, que geraria lucro e emprego para poucos e deixaria destruição permanente do meio ambiente.

O MDV é uma frente de resistência que busca impedir que se repitam crimes cometidos pela Vale no rompimento de barragens que destruíram o Rio Doce e Brumadinho e, como a trágica experiência da mineração em Quiterianópolis, que tem prejudicado a saúde dos moradores e poluído o Rio Poty. Dessa forma, luta para proteger os mais de 60 olhos d’água presentes nas serras onde se encontra o pretendido minério, evitando um geocídio sem precedentes para o Semiárido. Porém, quando a empresa ADLion começou as pesquisas, uma comunidade empoderada, que convenceu a prefeitura e a maioria dos fazendeiros da região a não caírem nas armadilhas sempre inventadas por esse tipo de empreendimento, como as promessas de progresso e emprego.

EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA

Os quatro grupos retornaram para o almoço e partilharam o que viram, ouviram e sentiram. Em geral, houve relatos de que foram momentos de troca de ideias, de saberes, de conhecimento entre participantes de vários estados que têm em comum o cuidado com o meio ambiente e a valorização da educação. Todas as experiências compartilhadas no intercâmbio são frutos de um caminho que a comunidade está levando a frente junto as escolas no marco da proposta de Educação Contextualizada para convivência com o Semiárido que despertou no município de Ipaporanga a importância da agroecologia, do cuidado com a Mãe Terra. “Um dos resultados dessa interação é que o 50% da alimentação da merenda escolar é produzida nos quintais das famílias nas comunidades”, afirmou Aurineide Gomes Bezerra Lima, que atua pelo município como uma das referências do projeto Contexto: Educação, Gênero e Emancipação, realizado pela Cáritas Diocesana de Crateús, We  World, Pastoral do Menor, Esplar, Instituto Maria da Penha, ACACE, Escola Família Agrícola Dom Fragoso e é co-financiado pela União Europeia e We World.

Por: Lorenza Strano

Revisão: Eraldo Paulino

Fotos: Lorenza Strano